SÍFILIS - Infecção Sexualmente Transmissível
- Dra. Kelly Fernandes - Ginecologista em Manaus.
- 18 de abr. de 2017
- 2 min de leitura
SÍFILIS - UMA DST

A Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada por uma bactéria gram-negativa, Treponema pallidum. A transmissão por transfusão sanguínea pode ocorrer, porém é rara devido ao controle e cuidados nos hemocentros. Também é possível transmissão de mãe infectada para a criança durante a gestação. É uma doença com várias formas de manifestações clínicas, comprometimento não somente local, mas sistêmico.
Sinais e sintomas
SÍFILIS PRIMÁRIA: Surgimento de ferida, úlcera única, limpa, indolor, sem ardor (vulva, vagina, ânus, pênis, outros locais de pele). Surge geralmente entre 10 a 90 dias após contágio; período de incubação.
SÍFILIS SECUNDÁRIA: Entre seis semanas a seis meses do surgimento da ferida. Manifesta-se com erupções cutâneas em forma de máculas ou pápula principalmente em tronco; em palma das mãos e plantas dos pés lesões eritemato-escamosa. Presença de febre, mal estar. Os sintomas podem desaparecer de forma espontânea mesmo sem tratamento. As lesões são riscas em treponema.
SÍFILIS LATENTE – FASE ASSINTOMÁTICA: Sem sinais ou sintomas. Somente presença de anticorpos.
Menos de 1 ano de infecção: Sífilis latente recente
Mais de 1 ano de infecção: Sífilis latente tardia
SÍFILIS TERCIÁRIA: Em 30 % das infecções sem tratamento, após um longo tempo em latência. Entre dois a quarenta anos depois do inicio da primeira infecção. É rara. Nesta fase pode ter comprometimento ósseo, cardiovascular, neurológico.
Diagnóstico
Feito pelos exames diretos e testes imunológicos.
Na fase inicial da infecção como pouca produção de anticorpos pode-se usar um teste de pesquisa direta do T. pallidum.
Exame direto: Pesquisa da bactéria em microscopia de campo escuro. Pode ser feito na primária e secundária.
Testes imunológicos: Mas usados, são divididos em:
Testes treponêmicos: Vai detectar anticorpo específico produzidos contra T. pallidum. Os primeiros a estarem positivos (reagentes). E na maioria das vezes se mantêm positivos mesmo após tratamento. Então, não se monitora resposta de tratamento com este teste. Exemplo de teste: FTA-Abs, Elisa.
Testes não trepanêmicos: Podem ser quantitativos e qualitativos, geralmente reagentes três semanas após a úlcera inicial. Qualitativo demostra se tem ou não anticorpos na maostra. O teste quantitativo faz a titulação de anticorpos (1:2, 1:4, 1:64) e é importante para o Diagnóstico e monitorização do Tratamento. Se os títulos diminuem indica boa resposta ao tratamento. Exemplo de teste: VDRL
O VDRL é o mais utilizado porém deve ser avaliado por profissional médico uma vez que pode ter resultado falso-positivo (reagente – sem a infecção) em algumas doenças: Doenças reumatológicas.
Desse modo é necessário para confirmação de sífilis a realização de teste treponêmico (exemplo: FTA-Abs ou Elisa) e um teste não treponêmico (exemplo: VDRL).
Tratamento:
Sífilis primária, secundária, latente recente
Penicilina G benzatina , 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhões em cada glúteo)
Alternativa
Doxiciclina 100 mg VO 2x dia por 15 dias (exceto gestante)
Ceftriaxona 1g, IV ou IM por 10 dias
Sífilis latente tardia ou latente com duração ignorada e terciária
Penicilina G benzatina , 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhões em cada glúteo) Semanal por 3 semanas















































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